Barroco

Nas artes visuais, na arquitectura, e na música, estilo que
floresceu na Europa, entre 1600-1750, caracterizado por
uma grande expressividade, exuberância e dinamismo de
linhas. Representando um papel importante nas acções de
"cruzada" da contra-reforma católica, o barroco recorreu a
efeitos muito elaborados, de modo a apelar directamente
às emoções dos espectadores das obras, particularmente
nas vertentes da arquitectura e da arte sacra. Algumas das
obras mais significativas deste período, nas áreas da
escultura, pintura, artes decorativas e arquitectura (como
as da autoria de Bernini: a capela Cornaro, em Santa
Maria della Vittoria, Roma, onde se encontra a sua
escultura O Êxtase de Santa Teresa, 1645-1652) foram
concebidas para produzir efeitos de grande dramatismo.
Muitas das obras-primas do barroco surgem nos palácios
e igrejas de Roma, embora o estilo se tenha disseminado
pela Europa, alterando-se as suas características iniciais
ao longo da sua divulgação, com acréscimos regionalistas.
Em Portugal, o barroco implantou-se mais tarde do que na
generalidade dos outros países europeus, atingindo o
apogeu na época de D. João V. É de referir a "exportação"
deste estilo para territórios do império colonial português,
como o Brasil ou a Índia. Por comparação com o resto da
Europa, foi conferida uma atenção especial a artes menos
monumentais, tais como a azulejaria, a ourivesaria, a
cerâmica ou o mobiliário.

Arquitectura

Na arquitectura, o estilo barroco emergiu como uma
ruptura com as convenções rígidas do classicismo
prevalecente no renascimento italiano: as linhas rectas
deram lugar a linhas curvilíneas e quebradas; a decoração
tornou-se um elemento mais importante e complexo e os
espaços tornaram-se mais elaborados na sua concepção.
O seu impacto era realçado pelo dramatismo dos jogos
das volumetrias e de luz e sombra. Os projectos
arquitectónicos apresentavam agora escalas bastante
grandiosas, como é visível na piazza de Bernini para a
catedral de São Pedro de Roma. Entre os arquitectos mais
importantes do barroco europeu encontram-se: Bernini,
Francesco Borromini, Pietro da Cortona, Baldassare
Longhena e Giovanni Guarini, em Itália; Louis Le Vau e
Jules Hardouin-Mansart, em França; e Christopher Wren,
Nicholas Hawksmoor, e John Vanbrugh, em Inglaterra. Em
Portugal, é de destacar o trabalho de arquitectos
estrangeiros, como Ludovice. Exemplares importantes são
a Biblioteca da Universidade de Coimbra (de arquitecto
desconhecido, talvez o entalhador Gaspar Ferreira); no
norte do país, o barroco associou-se mais ao gosto local;
destacam-se, no Porto, a Igreja, Casa e Torre dos Clérigos
(do italiano Nasoni) e, em Braga, o Santuário do Bom
Jesus (de Manuel Pinto de Vilalobos).

Pintura


Na pintura, Caravaggio, com o seu ousado uso da luz e
da sombra, aplicado em poderosas composições, foi um
dos primeiros expoentes do novo estilo, embora os
Carracci e Guido Reni se tenham tornado símbolos mais
característicos do período inicial do barroco, com as suas
composições grandiosas de tectos, em pinturas
ilusionísticas, enquadradas na exuberante decoração
vegetalista da arquitectura de interiores. Os trabalhos de
Pietro da Cortona e Il Guercino exemplificam por outro lado
o período do barroco pleno, na sua maturidade estilística.
Na Flandres católica, o barroco ficou representado pela
obra de Pieter Paul Rubens e Anthony van Dyck e, em
Espanha, por Diego Velázquez e José Ribera. Na Holanda
protestante, onde o mecenato artístico se tinha deslocado
das hierarquias religiosas para as classes médias,
salienta-se Rembrandt, Jan Vermeer e Frans Hals. Em
Portugal, a pintura revelou a influência romana.
Salientaram-se as figuras de Vieira Lusitano, André
Gonçalves, Jerónimo da Silva, António Lobo, Domingos
Vieira e Josefa de Óbidos. Na pintura de tectos,
destacou-se o italiano Baccarelli.

Escultura

Na escultura, o mestre do barroco foi Bernini, cujo Êxtase
de Santa Teresa representa exemplarmente a exuberância
emocional da escultura da época. A influência de Bernini
fez-se sentir em Portugal. Destacaram-se, para além de
alguns estrangeiros, os nomes de José de Almeida,
Jacinto Vieira, Manuel Dias e Machado de Castro (com a
estátua equestre de D. José I). A ireja de Arouca conserva
um conjunto significativo de esculturas religiosas barrocas.
Muito sucesso teve igualmente a talha de madeira,
dourada ou em policromia, distinguindo-se Santos
Pacheco, José de Almeida, Jacinto da Silva e Manuel
Quaresma. Um bom exemplo desta arte é a capela-mor da
Igreja de Santa Catarina, em Lisboa. Nas artes
decorativas, o azulejo atingiu o seu período de máximo
esplendor. Foi utilizado no revestimento interior de igrejas,
a par com a talha dourada, explorando-se assim efeitos de
contraste cromático. Importantes foram os nomes de
Oliveira Bernardes (vários elementos de uma mesma
família), Agostinho de Paiva, António Pereira, Manuel dos
Santos, André Gonçalves, entre outros. As peças de
ourivesaria eram sumptuosas, sobretudo no reinado de D.
João V, sendo muitas delas de arte sacra (como a famosa
custódia da Capela da Bemposta).

Música

Na música, pode considerar-se que o barroco remonta à
Camerata, uma sociedade de poetas e músicos que
fizeram reviver elementos do teatro grego, desenvolvidos na
ópera barroca, em Florença. Claudio Monteverdi e Giovanni
Gabrieli, foram dois nomes importantes no período inicial
da música barroca, introduzindo efeitos polifónicos. A
sonata, a suite e o concerto grosso emergiram nesta
época. As formas da música vocal da ópera de oratória e
da cantata foram também desenvolvidas. Entre os
compositores do barroco encontram-se Girolamo
Frescobaldi e Antonio Vivaldi, em Itália, Johann Pachelbel
e J. S. Bach, na Alemanha, e Georg Handel, em Inglaterra.
Em Portugal, a música barroca atingiu o apogeu com
Francisco António de Almeida, Carlos Seixas e João de
Sousa Carvalho, no século XVIII.

O historiador de arte suíço Jacob Burckhardt foi o primeiro
a usar o termo "barroco", no sentido de "bizarro",
"irregular", tendo o termo, no entanto, sido absorvido pela
linguagem da história da arte.

1 comentários:

UNITED PHOTO PRESS disse...

Com a parceria da Confederação Brasileira de Fotografia; www.confoto.art.br

A UNITED PHOTO PRESS - ONG Internacional sem fins lucrativos, lançou a 2 de Abril, o concurso internacional de fotografia video por telemóvel escrita criativa e pintura "PORTUGAL 2010" www.portugal2010.org com 20 mil euros em prémios, sendo um dos prémios a eleição das 10 melhores fotos na categoria ambiente inserido no Ano Internacional da Biodiversidade www.2010aib.org no valor total de 2.710 euros em prémios, no qual fomos eleitos parceiros pelas Nações Unidas (+ info no final da página)


Vimos por este meio solicitar uma futura parceria nas áreas que estejam eventualmente disponiveis.
(participação,divulgação, participação, espaços para futuras exposições, outras...)

Em anexo
Press release
Flyer do concurso
Regulamento

O regulamento do concurso saiu em Abril, no entanto informo que as parcerias nacionais e internacionais que estamos a efectuar com as associações fotográficas e outras, consiste na divulgação do concurso pelos seus associados e com o logótipo no site. Em parceria, a United Photo Press dará a essas mesmas associações a possibilidade dos associados participarem no concurso de 20 mil euros em prémios, com a mesma taxa de inscrição dos membros internacionais da United Photo Press.

Outras acções da UNITED PHOTO PRESS

A exposição internacional da United Photo Press "PSR" foi reconhecida pela comissária europeia da prevenção e segurança rodoviária Eva Prodilóva.

O Governo Civil de Viseu apresentou a exposição internacional "PSR" da United Photo Press

O Secretariado da Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas, elegeu a United Photo Press como parceiro para levar a mensagem “2010 Ano Internacional da Biodiversidade” junto dos portugueses, no território nacional e no estrangeiro.
O Governo Civil da Guarda apresentou a exposição internacional "PSR" da United Photo Press

Ministro da admnistração interna inaugura exposição PSR da United Photo Press no Rally de Portugal

A United Photo Press revela-se nos trabalhos que produz. E esses devem-se à confiança que nos é diariamente manifestada por muitas entidades nacionais e internacionais com que colaboramos – e que são parceiros, patrocinadores/apoiantes ou ainda instituições com que nos relacionamos em vários projectos que desenvolvemos. Todas elas nos emprestam o seu prestígio ao associarem o seu nome aos nossos projectos, e tal como nos orgulhamos de apresentar os seus nomes sabemos também que damos o nosso melhor para permitir a estas mesmas entidades continuar o seu bom trabalho.

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