Mosteiros

Além de centros de sabedoria, os grandes mosteiros fundados através da Europa durante a Idade Média, eram também uma fonte de alívio para os pobres, doentes e por vezes também para os proprietários mais abastados.
O modo de vida denominado “monasticismo” em que se vivia separado do mundo para dedicação total a Deus.
Os primeiros cristãos a adoptarem este modo de vida foram os eremitas.
Começaram-se a formar outras comunidades parecidas, de frades ou freiras, estando várias delas ligadas pelas “regras”, uma espécie de guia sobre a maneira como deveriam viver.
A regra maior foi a de S. Bento de Núrsia, fundador do Mosteiro do Monte Cassino, em Itália, cerca do ano 529, e que decidiu que a vida dos monges devia ser uma vida de orações e tarefas manuais. alguns monges, tornaram-se estudiosos e professores, conseguindo,
ler ou escrever, preservar muitos conhecimentos clássicos que de outra forma se poderiam ter perdido.
Além de cuidar dos doentes e alimentar os pobres, os monges oravam pelas almas dos mortos. Na Europa da Idade Média, os mosteiros serviam também como abrigo para os viajantes.

Iluninuras


Iluminura é um tipo de pintura decorativa, frequentemente aplicado às letras capitulares no início dos capítulos dos códices de pergaminho medievais. O termo se aplica igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos, produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto da arte medieval.

No século XIII, "iluminura" referia-se sobretudo ao uso de douração e portanto, um manuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado com ouro ou prata.

Arquitetura Românica

A arquitectura românica é o estilo arquitectónico que surgiu na Europa no século X e evoluiu para o estilo gótico no fim do século XII. Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos.

As conquistas de Sancho de Navarra e Aragão, alargando o seu domínio, desimpediram o que viria a ser o famoso «caminho francês» para Santiago de Compostela, cuja célebre catedral (posteriormente reconstruída em 1705) é o mais acabado monumento peninsular da nova arquitectura românica, obedecendo ao padrão dos templos de peregrinação, como São Saturnino de Toulouse. O alçado do alta nave de Santiago inscreve os arcos redondos, o andor do trifório, e colunas adossadas à parede, donde arrancam os arcos torais da sua abóbada de berço.

Igrejas românicas e igrejas paleo-cristãs

A estrutura das igrejas românicas é mais complexa que a das paleo-cristãs. Estando mais próxima da Arquitectura romana no seu aspecto apresenta naves de abóbadas de pedra em vez de travejamento de madeira. A igreja românica é precedida por um átrio ladeado de pórticos que faz a ligação à igreja através de um narthex.

No caso das igrejas paleo-cristãs, no cruzamento da nave com o transepto situa-se um arco triunfal que emoldura a ábside e o altar. Este arco era colocado sobre a bema, área elevada ao centro do transepto que corresponde ao cruzeiro. As colunas da nave central suportam arcadas que conformam um alçado contínuo.

O esquema do alçado interior das igrejas românicas faz-se através dos elementos: coluna, feixe de pilares, abóbadas de canhão, tribuna. Enquanto que nas paleo-cristãs é visível a sequência: colunas, entablamento directo, arco e vãos.

Carlos Magno

Carlos I, nascido em 742, filho mais velho de Pepino, subiu ao trono franco em 768, após a morte deste. Neste tempo a Europa ainda era uma região inóspita e instável, repartida em varias unidades politicas bárbaras.

Segundo Enginardo, biógrafo e contemporâneo do imperador, Carlos Magno "dava, exterioremente, quer sentado quer de pé, uma forte impressão de autoridade e de dignidade (...) Falava com abundância e facilidade, sabia exprimir tudo o que queria com grande clareza. Aplicou-se ao estudo das línguas estrangeiras e aprendeu tão bem o latim que se exprimia indiferentemente nesta língua ou na língua materna."

Graças ás qualidades como militar e governante de Carlos Magno, o Ocidente conheceu a sua primeira época de estabilidade e ordem, após as grandes invasões. Teve grande êxito nas suas expedições militares devido á superioridade da cavalaria que era a arma mais forte dos seus exércitos.

Preocupou-se também com a administração dos territórios que dividiu em condados (geridos por condes e vigiados pelos missi dominici) e restaurou as letras e as artes, ao rodear-se de sábios e estudiosos e incentivando os seus trabalhos.

Executou ainda reformas na educação que ajudaram a preparar o caminho para o Renascimento do século XII.

Nas suas campanhas fez-se acompanhar por missionários e pregadores, procedendo assim à conversão forçada ao catolicismo, dos povos conquistados, massacrando os que se recusavam a converter. Desta maneira deu um aspecto de cruzada a favor da Igreja ás suas lutas. Assim alargou consideravelmente o horizonte da sua influência espiritual.
Em Dezembro de 800, Carlos foi largamente recompensado pela Igreja, ao receber a coroa de imperador do Ocidente. Este acontecimento revestiu-se de grande importância politica visto que concedeu a Carlos Magno a qualidade de legitimo herdeiro dos imperadores romanos; restabeleceu o Império Romano do Ocidente, transferindo a dignidade imperial para o rei dos Francos; unificou o Ocidente sob o mesmo poder político e também o mesmo poder espiritual - o do Cristianismo e dos papas de Roma.
Faleceu em 814, em Aix-la-Chapelle.